Hoje podia ter sido um dia muito feliz, mas não o foi. O nosso dia dos avós vai ficar na nossa memória, mas por um mau motivo, a perda da minha avó.
Conheci e convivi com os meus quatro avós. Não cresci diariamente com eles, mas passámos muitas horas juntos, que deixaram marcas na minha infância e na minha memória. Hoje perdi a minha avó, talvez a que mais presenciou a minha infância e o meu crescimento, assim como eu presenciei a evolução da doença no seu corpo, a doença de Alzheimer.
Cada vez mais os avós têm um papel menos secundários na vida dos nossos filhos e eu só posso agradecer por isso. A ideia formatada de que os avós apenas estragam a educação que os pais dão aos filhos (salvo algumas excepções), está a cair em desuso, até porque muitos deles são quem educa, por falta de disponibilidade e exigências profissionais dos pais. Os avós tornam-se crianças e aproveitam os netos, brincam com outra disponibilidade, sem a pressão de horários e rotinas. Já chegaram a um patamar diferente, em que lhes é permitido quase tudo. Quando mais precisamos, eles estão lá. Ainda hoje, o Dinis ficou novamente doente, e a avó disponibilizou-se de imediato para ficar com o neto.
Um abraço a todos os avós, em especial à minha mãe, que é a melhor avó do mundo e a todos os que partiram, que continuem a olhar por nós!