0
ano

Setembro

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Setembro,
Recordo-te pelo cheiro. Dos livros acabados de sair da editora, dos cadernos novos e do cheiro a terra molhada, depois das primeiras chuvas. 
Recordo-te pelo barulho. Do plástico a forrar os livros, dos afia-lápis e dos reencontros à porta da escola.
Recordo-te como o mês da separação. Dos amores de Verão, das amizades, da praia e da família. 
Nunca olhei para ti como um mês importante na minha vida. Mas tornaste-te o mais importante. De forma inesperada e contra todas as previsões, mostraste que podias tornar-te único e inesquecível. 
Em Setembro, tudo recomeçou. Eles nasceram. Eu tornei-me mãe. 
Setembro, sejas bem-vindo!

 





0

Slow life, o tanas!!

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Agosto, tinha tudo para dar certo! 31 dias de slow life estavam quase garantidos. Miúdos de férias, avó mais disponível, mãe a trabalhar a meio gás e 10 dias de férias (só comigo) com o pé na areia, literalmente, sem televisão e com dados móveis limitados. Desacelerar, deixá-los mais livres, menos presos aos horários, aproveitar os momentos sem pressas e terminar as férias em equilíbrio era o meu objectivo. Falhei. Percebi mais uma vez que do pensamento à realidade, há uma grande distância a percorrer. 
São 3 crianças. 
São 3 de 3 anos. Brincam, pulam, inventam muito, trepam, discutem e voltam a discutir. Fazem birras, muitas birras. 
São 3 a pedir comida.
São 3 a pedir água. 
São 3 a pedir três desenhos animados diferentes.
São 3 a pedir para ir à água. 
São três para chamar para o banho e para a mesa, sem que nenhum responda.
.....
Passei os dias a ralhar, a colocar castigos, horários, regras e nem assim. Não deram descanso, não tive tempo para mim. Estamos a terminar as férias,e eu, em pleno desequilíbrio, cansada, com tudo para organizar para o início da escola e a precisar de férias com sabor a Dolce fare niente.
Reconforta-me o coração saber que foram felizes nestas férias. Que também estão desejosos que comece a escola, talvez porque já estão tão fartos de mim, como eu estou deles. Ou simplesmente porque querem voltar à sua rotina. 










1

O medo que está a apoderar-se de mim...

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Ser mãe transformou por completo a minha posição neste mundo. Deixei de ser mera sujeita e passei a ter um papel activo na educação de alguém, que precisa e depende do meu amor. Uma responsabilidade sem peso e medida, que transformou a minha visão sobre a vida e sobre as coisas da vida. Quero ser feliz hoje e agora, viver o dia-a-dia sem pensar no dia de amanhã, mas dou por mim a fazer planos. Planos de viagens a sítios onde já fui feliz, a países que já conheci, a outros que ambiciono conhecer apenas com eles ou até ao jardim da cidade que está cheio de árvores centenárias. Desejo mostrar-lhes o mundo.... apenas enquanto penso no meu mundo ideal, em que não há crianças a morrer na praia com a queda de uma avioneta, em que não há famílias a morrer queimadas, em que não há árvores a cair e em que não há atropelamentos premeditados e sangrentos. Tenho medo, muito medo e cada vez mais, deste mundo que se está a transformar em terror. Tento ser racional e pensar que o medo não me pode controlar, mas depois penso neles, nos meus filhos, que tanto têm para viver e conhecer. Tenho medo. 



0

Uma experiência achocolatada

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Este ano, com o mês de Agosto de férias escolares, os dias de semana têm sido passadas essencialmente por casa. Mãe e pai a trabalhar, a criançada fica com a avó, por isso há que arranjar alternativas à televisão, à piscina e às pinturas. Sendo o trio muito apreciador de chocolates, a oportunidade de aprender mais sobre o assunto, não poderia vir em melhor altura. Num destes dias, entre a sesta e o belo do mergulho na piscina, colocámos as mãos à obra e fomos descobrir a ciência do chocolate. Apesar de terem apenas 4 anos (quase), estes jogos educativos podem perfeitamente ser realizados, com o acompanhamento de adulto e alguma adaptação. Começámos por ler a história sobre a origem do chocolate e depois de ler as instruções, misturámos os ingredientes para fazer os bombons em forma de coração que vem na caixa. Já que havia chocolate de sobra, nada melhor do que fazer uma pintura a dedos, mas desta vez com muito mais sabor. 
Só vos posso dizer, que o divertimento é garantido!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Post escrito em parceria com a Science 4you
 
 
 
 
 
 
0

Mum`s look a preço de saldos

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Nos últimos saldos da Zara, encontrar alguma coisa de jeito é quase como encontrar uma agulha no palheiro, ainda mais a um preço de saldo de verdade (9.99€) e não apenas com uma etiqueta alaranjada por cima, que até pode ter um preço superior ou igual. Pois, parece que tive muita sorte e encontrei um trapinho que me agradou bastante, com alguma versatilidade. Umas sandálias de salto, rasas ou uns ténis podem completar o look, dependendo da ocasião. Um vestido camisa, uma tendência, que tanto dá para as noites mais fresquinhas ou para as estações intermédias, como o Outono e a Primavera.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

Viajar com as crianças nem sempre é fácil, por vezes é o caos e outras vezes apetece nunca mais voltar para casa.

Neste post abrimos as “portas” de 3 casas e espreitamos como é viajar em família, numa tertúlia de blogs de família. Três blogs, três experiências diferentes.

 

A Patrícia Mateiro autora do blog O meu tio Pedro (juntar link) é mãe de 3 rapazes de diferentes idades.

 

Este ano no meu aniversário, ainda mais especial por ter sido 40, os meus amigos juntaram-se para me oferecer o melhor presente de todos: uma viagem. Data e destino à minha escolha, limite de valor escolhido por eles. Pensei logo numa viagem a dois. Um destino perto, que nenhum de nós conhecesse e que o pudéssemos visitar em 3 a 4 dias. Adoro preparar as minhas viagens com antecedência mas estava indecisa entre Budapeste e Cinque Terre (Itália) e demorei algum tempo a decidir. As últimas duas viagens que fizemos sem os miúdos foi Itália mas é um país que nos fascina tanto aos dois que nenhum de nós se importava de o repetir. Cinque Terre foi a nossa decisão. Voos reservados para Milão para serem directos e aluguer de carro para descermos até ao encanto das 5 terras coloridas junto ao mar. Quando recebi a confirmação da viagem e comecei a procurar informações sobre o destino começou a apetecer-me levar os miúdos. - Zinho, vou marcar viagem para eles. Apetece-me levá-los. Vamos os 5! Sei que no momento de fazer as malas vamos estar os 5 cheios de planos e promessas de bom comportamento, promessas essas que antes de sairmos de casa mais de metade já vão estar quebradas. Sei que quando reservar o alojamento e tiver que marcar 2 quartos não vou conseguir cumprir o orçamento do presente que me ofereceram. Sei que vou encontrar restaurantes giros e românticos que me iriam saber melhor a 2 que a 5. Sei que em alguns momentos me vou arrepender. Mas tenho a certeza que é por nossa vontade e nosso próprio prazer que vamos os 5 a Cinque Terre, mesmo conhecendo bem tudo o que vem com essa decisão. Fomos os 3 ao Brasil e à Suíça, os 4 ao Funchal e a Paris e os 5 aos Açores. Agora vamos os 5 a Cinque Terre. Das dificuldades em viajar com crianças destaco apenas: 

- é caro - se se tratar de uma família numerosa é difícil conseguir um quarto para todos e por vezes reservar 2 quartos fica mais em conta do que reservar uma suite maior. Gosto de quartos comunicantes. Não gosto quando temos de ficar em 2 quartos separados, porque se perde muito do objectivo da viagem que é estarmos todos juntos

 - temos de ter algum cuidado com os horários das refeições e com a escolha das ementas, embora sejamos todos muito práticos com esta questão

 - vamos ter menos tempo para namorar 

Para mim é fácil viajar com crianças porque: 

- podemos partilhar novas experiências com eles fora do nossa ambiente habitual. E sim eles vão-se lembrar, nem que seja pelas fotos que lhes vamos mostrar dos 5 naquele lugar 

- se a nossa vida é assim a 5, se vivemos os 5 com horários diferentes, se disputamos os 5 o comando da única televisão que existe lá em casa, uma viagem a 5 é o que sabemos fazer de melhor.E depois há o nós, o nós os 5. Eu não sou eu nem nós somos dois, somos cinco e mesmo com toda a confusão que isso carrega, é a nossa bagagem e aquela que mais nos dá prazer de transportar. 

Vamos os 5 a Cinque Terre (será só em outubro, até lá aceitamos sugestões do que ver e fazer de melhor. Os 5.

 

 

A Joana Reis é a autora do blog  mãe de 3gémeos (juntar link) e mãe 2 meninos e 1 menina de 3 anos.

Não temos uma vasta experiência em viagens, principalmente de avião, já que, com o trio ainda não fizemos nenhuma. Mas das que fizemos de carro, reconheço que existem prós e contras, em viajar com filhos trigémeos.

 

VANTAGENS

 

Organização e planeamento- apesar de ter sempre planeado todas as viagens que fiz, com filhos, a exigência é ainda maior, principalmente no planeamento do que será necessário levar e do que iremos fazer. 

Todos têm a mesma idade, logo todos têm as mesmas necessidades e interesses semelhantes, o que pode facilitar na escolha do destino e /ou atracções.

Enriquecimento pessoal e familiar. Viajar em família pode tornar-se muito stressante, e para que isso não aconteça é necessário um grande trabalho de equipa, saber respeitar os interesses de todos e saber adaptar-se a diferentes circunstâncias e ambientes. 

Simplificar. Com três filhos, das duas, uma, ou levamos a casa às costas ou simplificamos e levamos o estritamente necessário. 

 

DESVANTAGENS

 

As viagens são programadas em função das crianças e raramente é possível programas só para os pais. 

Arriscamos a terminar as férias ainda mais cansados do que quando iniciámos.

O gasto, o motivo principal pelo qual não viajamos mais com os nossos filhos. Viajar com 3 crianças torna-se muito dispendioso. Os bilhetes de avião são o mesmo preço que dos adultos e regra geral, os hotéis que estão preparados para receber famílias numerosas são os mais caros.

 

 Samanta Duarte, co-autora do blog Onde andam os Duarte?, mãe de um menino de 3 anos

Para nós viajar com o André é muito fácil. Começámos bem cedo, a prática leva a que consigamos prever muitos acontecimentos. De umas viagens para as outras vamos adaptando alguns hábitos ou a forma de nos organizarmos.

Passear sem o pequeno viajante não faz sentido para nós, não conseguimos contornar a sensação de lhes estarmos propositadamente a retirar uma grande oportunidade de se divertir e acima de tudo aprender muitas coisas.

Às vezes é cansativo porque uma única criança quer companhia para brincar e requer que lhe demos atenção durante todos os minutos do dia. No entanto, a cada viagem que passa percebemos que ele vai arranjando mecanismos para se “libertar” dos pais: sabe utilizar o sistema de entretenimento dos aviões quase tão bem como nós; mete conversa com outros meninos que estejam por perto e não se incomoda nada se não o entendem; memoriza o layout dos alojamentos com um único olhar e caminha decidido sempre á nossa frente, etc

São 2 adultos para 1 criança, e isso faz com que as tarefas/birras/atenção sejam divididas e torna tudo muito mais simples.

É assim que vamos continuar a viajar em família. É um prazer, uma paixão vê-lo sempre tão bem-adaptado aos lugares e sem estranhar ninguém. Só tem 3 anos, mas lembra-se recorrentemente de lugares ou acontecimentos das últimas viagens. Isso enche-nos o coração.

 

Blogs Portugal